Eu tenho me amado.
Toco-me, abraço.
O dedo escorrega pela minha pele, só consigo adimira-la.
Até o arrepio que outras mãos me trariam eu mesmo me trago
Respiro-me, sinto.
Tão em sintonia nessa dança de um só.
Ser único, inimaginável, suficiente em expansão e implosão do meu eu.
Era o que me faltava
Conhece-me o amor
Da minha vida
Eu me amo e me quero
E me cuido pois gero em mim o desejo de ser feliz comigo mesma

Crianças Mimadas

Já faz tempo eu me perdi.
Nos teus braços eu sorri.
O teu cheiro eu decorei
E desde então me contentei
Em anular tanto meu eu
Que em meio a esse breu
Dos pensamentos
Me afundei sem perceber
Que até amo sem conhecer
Quem tanto almejei ter
Amor meu o que me deu
De julgar o meu e o teu
Nossos sentimentos
Perdoa-me odiar
O tanto que quero amar

eu Di pés descalços

"Te convidei" pra ver o por do sol nesse riacho.

Meu coração, ele bate atordoado
quando não vê você aqui do meu lado.
"Me dá" um nó na garganta, um desespero
ver você nesse chamego com um tal de Joaquim.
N'otra noite o Ricardo até me disse
pra eu tentar algo com a Berenice,
mas o meu coração é de só uma. 
Nos meus sonhos "té" gastei uma fortuna
É de"amô" é assim mesmo, eu sou assim.

- Diana Maia, na parada.

Egocentro social

Quando penso estudar outras pessoas estou estudando a mim mesma, me pego falando de outros casos e meus casos estão ali, ensino o que sou, o que aprendi está em mim. Eu sou o meio, mais do que tudo, o meio sou eu. Estendo-me, reduzo-me, expandindo e comprimindo, absorvendo e polenizando. 

Esse tempo todo, se afastando de si, descobrindo cada vez mais de si mesma, percebendo o quão longe está da perfeição e o quanto mudou desde o café da manhã.

O coelho que pula eternamente a metade do objetivo. 

Torçamos para que ele não desista, porque em alguns momento não cansar é impossível.

Mas o coelho egocêntrico está com fome, ele está sempre com fome, ele nunca chega lá.